A massagem não é um luxo... É uma necessidade.

Porque associamos massagem a um serviço de spa? A um presente? Algo a fazer pontualmente, quando se tem uma dor ou tensão?

A massagem é muito mais.

Mais do que um presente, algo que se faz pontualmente ou um serviço de spa, a massagem é algo que deveremos fazer tantas vezes quantas pudermos.

Investir na nossa saúde não é um luxo. É um direito. É um dever.

A massagem não tem como finalidade, apenas,  tirar tensão muscular, mas também tem efeito  a nivel digestivo, circulatório, hormonal e energético.

Quantas horas por dia passamos nós a desgastar-nos fisica e emocionalmente sem que, muitas vezes, tenhamos essa noção?

Quantas más posturas temos ao longo do dia?

Quantas situações emocionais nos provocam tensão?

A massagem terapêutica foi criada há milhares de anos e é utilizada em todas as idades, desde bebés recém nascidos, tal como a massagem Indiana Shantala, até nas pessoas muito envelhecidas, em final de vida.

A massagem ativa-nos e relaxa-nos, dependendo da forma como é feita.

Existem diversas metodologias, variadas origens, muitas técnicas diferentes, todas elas válidas no que respeita a curar ou prevenir  patologias.

A massagem é uma necessidade e algo que deverá ser feito com regularidade, mantendo corpo e emoções em harmonia.

As emoções negativas de medo, raiva, ansiedade, depressão e preocupação desenvolvem bloqueios de energia nos órgãos internos, bloqueios que se transformam em “nós” no abdómen.

Também o excesso de trabalho, stress, acidentes, cirurgias, toxinas, alimentação inadequada e má postura  podem levar a problemas sérios.

Essas obstruções ocorrem no centro das funções vitais do corpo e reduzem o fluxo do Chi (energia), a nossa força vital.

Os órgãos contêm as essências da força espiritual de um ser humano. Quando obstruidos armazenam energias nocivas que podem transbordar para outros sistemas do corpo e manifestar-se como emoções negativas e energias tóxicas que criam um ciclo vicioso de negatividade e stress. Se não conseguem encontrar uma saída, alojam-se nos órgãos, inflamando-os ou vão para o abdómen, que por sua vez, processa apenas parte do resíduo emocional. O centro energético do corpo, localizado no umbigo, fica congestionado e isolado das outras partes.

Os antigos taoístas, além de terem percebido que as emoções negativas causam grandes males à saúde, prejudicando todas as funções físicas e espirituais, compreenderam também que a emoção humana é uma expressão energética e que certas emoções remetem a energia negativa disfarçada atrás de doenças físicas.

Estes estudiosos concluiram que muitas doenças poderiam ser curadas se as toxinas e as forças negativas que as criavam fossem eliminadas do corpo.

A massagem contribui, assim, para eliminar toxinas e emoções negativas, mantendo os órgãos livres de tensões e toxinas emocionais, conservando em todo o corpo um fluxo abundante de energias equilibradas.

O corpo é um processo continuo de energia que se transforma em matéria e de matéria que se dissolve em energia.

A massagem possibilita e facilita a fluidez de todos estes processos.

 

Na última vez que comeu ovos, o que adicionou?

Todos os verdadeiros alimentos têm nutrientes necessários ao bom funcionamento do nosso corpo. Contudo, alguns efeitos dos mesmos poderão ser menos bons e dependendo da constituição de cada um de nós, ou ainda, conforme nos diz o Ayurveda, dependendo do nosso dosha dominante ou desequilibrio manifestado, o nosso organismo reagirá de formas distintas a determinados alimentos, podendo as especiarias revelar  um papel muito importante neste equilibrio.

As especiarias, além de ajudarem na formação de enzimas digestivas facilitando a passagem do alimento pelo trato intestinal, também trabalham positivamente na prevenção de doenças, através das suas propriedades antioxidantes.

O Ayurveda utiliza as especiarias na confecção dos pratos procurando sempre equilibrar a combinação de alimentos entre si, ao mesmo tempo que aumenta o potencial de cada alimento. No caso da curcuma (açafrão das Indias), de sabor amargo, levemente picante e adstringente, reduz o excesso de amido dos alimentos,estimula a digestão e limpa os tecidos sobrecarregados por má alimentação. No que respeita ao cardamomo, de sabor doce e picante, ajuda na absorção de nutrientes, reduz a formação de muco e quando mastigadas as suas  sementes, após a refeição, ajuda na remoção de sabor de alimentos fortes, melhorando o hálito.

Segundo o Ayurveda, os antídotos são algumas especiarias/ substâncias específicas que auxiliam na digestão de cada tipo de alimento, minizando assim os potenciais efeitos menos bons a cada pessoa ou até prejudiciais.

No caso  dos ovos, para que sejam atenuados alguns efeitos menos bons, salsa, coentro, curcuma e cebola podem juntar-se, como antídotos, sua à confecção.

Ao abacate, podemos juntar limão como antídoto, ao café noz moscada ou cardamomo, à maça podemos juntar canela, à banana, juntar gengibre seco, mel ou cardamomo… e se comer chocolate, junte cardamomo ou cominho.

Todos os alimentos podem, assim, ser compensados com antídotos que resultem numa melhor digestão e assimilação de nutrientes.

 

Bom apetite!

Costuma limpar o nariz?

Quando pensamos em limpar o nariz, associamos muitas vezes ao acto de assoar apenas quando sentimos mucosidade.

Contudo, muitos de nós têm, por norma, o nariz mais seco e talvez nem se lembrem que é necessário assoar.

O acto de assoar, não terá que ser forte e puxar toda a mucosidade ao ponto de todo o corpo “estremecer”, mas algo mais suave que permita retirar algo em excesso ou simplesmente limpar o nariz, mesmo que esteja seco.

Idealmente deveremos assoar todas as manhãs ao acordar.

Além de assoar, no nosso processo de limpeza do nariz, deveremos acrescentar, pontualmente ou mais frequentemente, em caso de estado gripal, sinusite ou rinite, em manifestação plena,  o jala neti. Esta técnica, consiste na utilização de água morna salina para uma limpeza mais profunda dos seios perinasais.

O jala neti é um “Krya”(técnica de limpeza) do Yoga e do Ayurveda que consiste na limpeza do nariz através de uma solução de água morna com um pouco de sal. Esta água é colocada dentro de um recipiente com uma anatomia específica, a que se deu o nome de lota ou neti pote.

Jala significa água e neti, purificação. O jala neti é portanto uma purificação das cavidades nasais, utilizando a água morna salina para este fim.

Estados gripais resultantes de alterações climatéricas, sinusites e rinites que se refletem na inflamação da mucosa nasal ou seios nasais, assim como das enxaquecas derivadas destes estados, beneficiam muito deste tratamento de limpeza e purificação.

Segundo o Ayurveda, esta prática poderá até ter um efeito calmante sobre o cérebro, assim como uma clareza mental. Isto acontece porque as toxinas deixadas pela mucosidade, assim como o excesso deste muco são removidos.

Também a percepção dos sentidos é accionada assim como se gera uma maior tranquilidade emocional.

O jala neti mantém saudáveis os mecanismos de secrecção e drenagem dos ouvidos, nariz e garganta.

Este método de purificação promove ainda o equilíbrio entre as narinas e todo o sistema nervoso central.

Esta prática, em casos de sinusite, rinite e estados gripais, poderá ou deverá ser feita, de manhã, até 3 vezes por semana. Contudo, contra indicada para pessoas que sofrem de hemorragias nasais frequentes.

 

Como fazer o Jala Neti?

Idealmente esta prática deverá ser feita num local onde possa assoar o nariz à vontade, após o procedimento. Colocar no lota um pouco de sal , usando, como medida, uma colher pequena e rasa (de café)  com aproximadamente 200ml de água morna.

Deverá ficar em pé, com o tronco ligeiramente inclinado para a frente e inclinando a cabeça para o lado direito.

Abra a boca (por onde vai respirar durante este processo de limpeza) ao mesmo tempo que deve “fechar” a garganta, evitando assim que a água desça e que naturalmente saia pela outra narina.

Coloque o bico do recipiente na narina esquerda e incline-o, permitindo que a água entre por uma narina e saia pela outra. A Passagem da água deverá ser natural e sem esforço. Contudo,  se tiver os seios nasais muito obstruídos com mais mucosidade, notará alguma resistência na passagem da água. Ainda assim, não desista. Tente na outra narina e repita a operação.

Quando a água chegar a metade do lota, retire o recipiente do nariz, endireite a cabeça  e deixe a água escorrer pelas narinas para fora. Remova o muco assoando suavemente. De seguida, vire a cabeça para o lado oposto e repita o mesmo procedimento.

Depois de fazer a limpeza em ambas as narinas, fique de pé com o corpo inclinado para a frente, assoe com vigor, mas sem forçar demasiado, virando a cabeça em todas as direcções, até sentir que a água e o muco saíram  completamente.

Para assegurar que secou totalmente, tape a narina direita com o polegar e inspire pela esquerda. De seguida, destape a narina direita, tape a esquerda e expire com vigor pela narina direita. Faça o mesmo do outro lado, alternando algumas vezes este movimento até sentir que a água e o muco foram totalmente removidos.

Se a água estiver pouco salgada, poderá causar alguma dor durante a limpeza e se estiver demasiado salgada, poderá gerar ardor na mucosa nasal.

Vá ajustando e boas limpezas!

https://www.brahmi.pt/workshops-online

O que nos diz a língua?

A língua é o órgão do paladar e da fala. Percebemos o paladar através da língua, quando está molhada; estando seca não se poderá percepcionar o paladar. A língua é também o órgão vital da fala, usada para transmitir palavras, pensamentos, conceitos, ideias e sentimentos. O exame feito neste órgão revela muito do que se passa no corpo.

Quando observa a sua língua, o que encontra? Observe o tamanho, a forma, o contorno, superfície e cor. O que verifica?

Quando a língua está pálida, pode indicar uma condição de falta de sangue no corpo ou alguma tendência anémica. Se estiver amarelada, poderá existir um excesso de bílis na vesícula biliar ou algum tipo de desordem hepática. Se estiver com um tom azulado/ arroxeado, poderá existir algum tipo de problema no coração.

A língua está “dividida” por partes que se relacionam com os diferentes órgãos do corpo. Se houver descolorações, depressões ou elevações em determinadas áreas da língua, os respetivos órgãos podem estar com algum problema. Por exemplo, se detetar impressões dos dentes no contorno da língua, poderá indicar alguma dificuldade de assimilação pelo intestino.

O ayurveda, utiliza a língua como uma forma de diagnóstico sobre o que se passa no interior do corpo, relacionando alguns dos sintomas referidos, aos doshas (vata, pitta e kapha) e respetivos órgãos ou funções associadas.

Assim, uma língua esbranquiçada indica um distúrbio de Kapha e acumulação de mucosidade; uma cor mais avermelhada ou amarelo-esverdeado, indica desordem de Pitta e uma cor mais acastanhada indica perturbação de vata.

No Ayurveda falamos dos doshas /biotipos com base nos elementos da natureza que os constituem . Quando falamos de vata, referimo-nos a ar e éter (espaço circundante); Pitta, representado por fogo e terra e Kapha, tendo por base os elementos água e terra. Estes elementos e doshas têm uma relação direta com tudo o que acontece no corpo, podendo haver aumento ou diminuição de funcionamento dos mesmos e provocando desequilíbrios.

No caso concreto de manifestação de sintomas do corpo, visíveis no diagnóstico da língua, alem da cor deste órgão e respetivos indicativos dados, o Ayurveda considera também a linha que se vê no centro da língua.

Uma película que cobre a língua, indica toxinas no estômago, no intestino delgado ou no intestino grosso. Se apenas  a parte posterior estiver coberta, as toxinas encontram-se situadas no intestino grosso. Se a cobertura estiver presente no meio da língua, as toxinas estão no estômago e no intestino delgado.

Se uma linha se estender ao longo da língua na parte central, poderá indicar que as emoções ficaram retidas ao logo da coluna vertebral. Acrescenta-se ainda que se a linha não estiver direita e tiver em alguma zona, inclinando para algum dos lados poderá indicar uma deformação na curvatura da coluna.

A língua é assim um ótimo diagnóstico auxiliar no processo de toda a consulta de Ayurveda e que nos permite, em conjunto com outros diagnósticos, avaliar o estado físico e até emocional da pessoa.

O que é GHEE? Segundo o Ayurveda, qual a sua importância na alimentação?

Ghee é uma manteiga purificada, usada na índia há milhares de anos.

Sendo algo extraído da vaca, animal sagrado neste pais, aliado aos benefícios naturais da mesma, faz com que o ou a Ghee seja vista nesta nesta parte do mundo, com um significado mais profundo.

O Ghee é uma manteiga clarificada, o que se deve ao facto de ter sido purificada. Trata-se de um alimento extremamente refinado que é considerado muito rico em energia. O ghee pode ser empregue em vez de manteiga, no pão ou noutros alimentos. Também é ideal como óleo de cozinha porque, ao contrário da manteiga, não queima ao ser aquecido.

O ghee é considerado um sabor doce, pelo Ayurveda. O doce é metabolizado em primeiro lugar, seguido pelo ácido, o salgado, o picante, o amargo e finalmente pelo adstringente. Contudo, esta sequencia não corresponde à ordem que, habitualmente , costumamos ingerir os nossos alimentos. Os doces são quase sempre consumidos no final da refeição, sendo, na verdade a forma mais saudável e melhor para controlo de peso, consumir o doce no inicio da refeição.

A maioria das pessoas deve evitar os lacticínios indigestos, como o leite, as natas, os gelados e a manteiga, essencialmente quem sofre com síndrome do cólon irritável e até que os sintomas estejam controlados. Contudo, várias pessoas que sofram deste síndrome podem obter benefícios a partir do Ghee. Quando ingerido em poucas quantidades, o ghee pode revelar-se um bom calmante do aparelho digestivo e portanto do dosha Pitta, sendo este o regulador metabólico do corpo, assente nos elementos da natureza fogo e água. Também no caso do dosha vata, assente nos elementos ar e éter (espaço circundante) e muito associado ao sistema nervoso central, o ghee se considera um alimento calmante na prevenção ou manifestação de desequilíbrio deste dosha.

Também as pessoas com intolerância à lactose (o conhecido açúcar do leite), poderão beneficiar desta manteiga purificada, precisamente pela  remoção da mesma durante o processo de fervura.

Trata-se de uma alimento com alta densidade energética, que inclusive pode ser utilizada na culinária em qualquer situação que usaria outros óleos, mantendo os seus benefícios terapêuticos tão defendidos na Índia e no Ayurveda.

O ghee funciona como um purificador, alem de ser considerado, pela forma como atua  no organismo, em geral, um desintoxicante e um elixir para a imunidade.

 

Onde ou como posso adquirir ghee?

O ghee poder ser comprado em algumas mercearias e lojas de produtos naturais, ou então ser preparado da seguinte maneira:

 

-       Numa panela funda de aço inoxidável, colocar meio quilo ou mais de manteiga sem sal e levar a lume médio ou baixo. Ter cuidado para a manteiga não ficar queimada enquanto derrete.

-       Enquanto a manteiga derrete, a  água que ela contem irá ficar ferver e desaparecer. Passados cerca de 30 minutos aparecerão no fundo da panela as partes sólidas do leite.

-       Quando essas partes sólidas do leite ficarem em tom castanho dourado no fundo da panela, tirar o ghee líquido do lume. É provável que se repare no aparecimento de umas bolhas minúsculas a subirem do fundo da panela. Ter cuidado para o ghee não queimar.

-       Enquanto o ghee ainda estiver quente, passar por um coador de aço inoxidável coberto com um pano de algodão. Verter o ghee para dentro de um recipiente. Ter cuidado para não salpicar as mãos com o líquido quente. Não é necessário colocar o ghee no frigorífico, a não ser para solidificar, mas se assim desejar poderá mantê-lo no frio.

 

 

Sabia que se não fizermos uma viragem radical no sentido da prevenção e de hábitos de vida saudáveis, arriscamo-nos a envelhecer bastante depressa?

A má gestão do estilo de vida, o stress, os alimentos transformados e o ambiente contaminado estão na origem de grande parte dos problemas com os quais nos deparamos no dia-a-dia.

A nossa forma de gerir a saúde implica-nos direta e individualmente. Devemos responsabilizarmo-nos mais quanto ao nosso bem-estar físico e mental.

Também a Medicina deve ter em conta todas as facetas da realidade de um individuo. O ser humano vai muito além da soma dos diferentes órgãos que o compõem. É por isso importante que a medicina olhe para a pessoa de forma preventiva, focando a manutenção da saúde; de forma personalizada; concentrando no individuo e não apenas nos seus sintomas, participative; assente numa relação de parceria e confiança entre médico e paciente e preditiva, ou seja, baseada em resultados previsíveis, como orienta a ciência.

Daqui resulta um conceito de medicina funcional, direcionada às causas do mau funcionamento dos órgãos e respetivas alterações bioquimicas que deles decorrem.

Este conceito de medicina funcional pressupõe uma abordagem dinâmica no sentido de prevenir e tratar perturbações crónicas tão complexas de que sofre uma grande parte da população. Estas perturbações resultam de uma interação entre o ambiente, o modo de vida e a predisposição genética. O indivíduo é assim a materialização única de um conjunto de influências externas e internas responsáveis pela saúde ou pela doença.

A medicina funcional e natural interessa-se pelo paciente em todas as suas dimensões, indo diretamente à origem, percorrendo o caminho em sentido inverso para refazer a história do individuo, conhecer o seu ambiente, tentando eliminar causas de mal estar e apostando na compreensão dos processos que derivaram em doença.

Partindo da perspetiva do individuo de uma forma preventiva e com o todo o seu foco em preservar a saúde, podemos dizer que o mesmo deverá sentir, diariamente, presente o conceito de vitalidade.

Como poderá o ser humano trabalhar o seu processo de revitalização?

Uma das mais belas atividades é a prática de Chi Kung num local de meditação com vista para as montanhas ou para o mar, observando as mais subtis mudanças de brilho e cor.

Todo este conceito poderá ser, energeticamente, transportado mesmo para os cenários de casa, escritório ou qualquer outro que não inclua, fisicamente, montanhas ou mar.

O conceito de saúde do individuo deverá basear-se no sistema de energia, sendo este ligeiramente diferente  da carne, sangue e ossos. O sistema de energia funciona como um sistema de “controlo” do corpo humano  que decalca a estrutura básica. Só com um sistema de energia equilibrado e em boas condições conseguimos ter boa saúde.

A nossa energia deverá existir no ser humano de forma equilibrada, fluente com boa qualidade e volume.

A prática regular de Chi Kung, é algo que o inidividuo pode fazer por si, deixando-o com energia e força para a vida, mantendo-o saudável e minimizando o processo de envelhecimento. Este é um dos modos de manter vitalidade e alcançar o bem-estar, de conservar o corpo, a mente e o espírito íntegros e em equilibrio.

 

Cuide-se e pratique.

Sabia que grande parte da nossa saúde depende do bom funcionamento dos intestinos?

Ouvimos regularmente dizer que nós somos o que comemos. Contudo, nós somos o que assimilamos.

Quantos de nós consideram ter uma alimentação saudável, porque, diariamente, incluem legumes e frutas nas refeições, porque comem uma boa quantidade de proteínas ou ainda porque comem hidratos de carbono?

Na realidade, independentemente do regime alimentar escolhido por cada um, vários fatores condicionam a assimilação de nutrientes.

Podemos até considerar que fazemos uma boa alimentação, equilibrada, saudável, ingerindo alimentos de boa qualidade mas a maioria deles entra nas nossas células em percentagens muito baixas, dando-nos a sensação de pouca energia, fadiga, irritabilidade podendo mesmo derivar em patologias.

Um dos aspetos a ponderar é perceber como funciona o nosso corpo, como se move o nosso sistema digestivo. Que importância dar ao intestino?

Este é habitualmente um órgão esquecido, nomeadamente quando nos referimos ao intestino grosso, pensando neste como uma espécie de “caixote do lixo” do que não queremos ou não precisamos.

Todavia, sabe qual a ligação entre o intestino e o cérebro?

Ambos estão relacionados com movimento. O movimento é algo extraordinário nos seres vivos. Este é o grande motivo para ter músculos e respetivas células nervosas. O movimento vai além de andar ou pegar num objeto, mas inclui também uma expressão da face, a articulação de palavras, entre outros. O nosso cérebro coordena os sentidos e cria experiências de forma a desencadear movimento.

Também é no cérebro que concebemos o bem-estar, a alegria ou contentamento. Estudar, pensar e filosofar serão sempre coisas do cérebro, mas nós somos muito mais do que isso e o intestino ajuda a “explicar” de que forma. Atualmente, o intestino é o  orgão responsável por uma mudança de mentalidade. Os nervos do deste órgão existem em muito grande quantidade e são bastante diferentes entre si, comparando com o resto do corpo. Este possui ainda muitas células nervosas e formas de conexão em que só o cérebro se equipara. Ou seja, a rede nervosa do intestino é conhecida por cérebro intestinal, precisamente pela sua dimensão e complexidade química.

Os sinais dos intestinos chegam ao cérebro e geram um forte impacto.

Existe um nervo que percorre o diafragma, passando entre os pulmões e o coração até ao esófago, através da garganta e chegando ao cérebro. Sendo este nervo estimulado e dependendo do estímulo, assim serão as reações  e sensações desencadeadas no ser humano.

O cérebro necessita destas informações para percepcionar como estão as coisas no corpo, já que este se encontra isolado e protegido, algo que não acontece com outros órgãos.

Por outro lado, o intestino encontra-se no meio da acção do corpo, desde a última refeição à imunidade, usufruindo das informações preciosas do sistema nervoso e fazendo-se valer de uma grande superficie, que faz dele o maior órgão sensório do corpo humano. O intestino sente a nossa vida interior e trabalha ao nivel do subconsciente. Quando este órgão não se sente bem, afeta-nos o humor de forma subtil, assim como, quando está bem melhora a nossa disposição de um modo mais discreto.

Deste modo, quando pensamos em comida, deveremos pensar não apenas no que nos apetece comer mas de que forma os nossos desejos alimentares nos afetam os órgãos fisica e emocionalmente.

Para muitos, a comida é a primeira coisa em que pensam de manhã e a sua imagem corporal é a última coisa em que pensam à noite. Estes pensamentos geram resistência, apreciação, desconforto, satisfação e culpa.

Conhecemos as regras, sabemos quais são os alimentos que promovem boa saúde e sabemos quais são os alimentos, que consumidos em quantidades excessivas, têm tendência a conduzir a um aumento de peso, obesidade, hipertensão e doença cardíaca. E ainda assim, nada muda. Continua a aumentar o número de pessoas com peso a mais, como o número de pessoas que sofrem de doença cardíaca, diabetes, distúrbios alimentares, alergias e intolerâncias.

O que podemos então fazer?

Começar por reconhecer  que temos liberdade de escolha, logo a decisão sobre o que consumir tem origem na nossa mente. Esta é poderosa e, sem treino, é uma escrava da emoção e do hábito, podendo ter um efeito destrutivo.

A decisão de comer determinados alimentos ou não, é nossa, o que significa que temos a liberdade e o potencial para mudar e sermos felizes relativamente a como queremos sentir-nos, para sermos felizes no que respeita a quem somos, ao nosso aspeto e à nossa saúde.

A comida não entra sózinha no nosso sistema digestivo. É preciso uma acção. É preciso movimento, comandado pelo cérebro. Este sinal poderá ser causado por qualquer pensamento, por uma emoção ou sensação física. O importante é criármos espaço mental e clareza suficientes para garantir que não cedemos a este impulso, não apenas pelo intestino, como por todo o corpo e saúde em geral.

E porque nos sentimos, frequentemente, impotentes para resistir ao impulso de uma emoção passageira?

A nossa forma de estar na vida e o que pretendemos para nós poderá responder a esta questão.

Sinta-se Brahmi.

 

Considerações sobre os benefícios da técnica de hipnose clínica no controlo da perturbação de ansiedade.

Um grupo de psicólogos clínicos e cientistas de saúde mental e política das universidades de Sheffield e Ulster e colaboradores de várias universidades inglesas realizaram uma pesquisa psicológica a 2000 cidadãos do Reino Unido com 18 ou mais anos representativa de adultos em termos de idade, sexo e renda familiar.

Esta pesquisa foi lançada 52 dias após a confirmação do primeiro caso de infeção com o COVID-19 e depois da semana de 23 de Março (dia em que o primeiro ministro anunciou o recolhimento em casa). Os participantes responderam a perguntas sobre a sua compreensão do COVID-19, as suas circunstâncias atuais e sobre o que faziam para lidar com a sua saúde mental.

Ao reentrar em contacto com os participantes, nos meses seguintes seriam capazes de observar como as suas experiências como as suas experiências, crenças e sintomas de saúde mental mudavam conforme o avanço da pandemia.

Uma das conclusões sobre quantas pessoas sofrem de sintomas psicológicos no dia 24 de Março foi que 38% reportaram sintomas significantes de depressão e 36% reportaram sintomas significantes de ansiedade. No dia anterior ao comunicado, 16% reportaram sintomas significantes de depressão e 17 % de sintomas significantes de ansiedade.

Ao longo da semana, o estudo descobriu que 25% das mulheres e 18% dos homens apresentavam sintomas clinicamente significativos de ansiedade, 23% das mulheres e 21% dos homens apresentavam sinais de depressão, e 15% das mulheres e 19% dos homens estavam stressados. Estes resultados são elevados em comparação com os de pesquisas semelhantes de antes da crise do coronavírus, como o Inquérito de Morbilidade Psiquiátrica Adulta (no qual 15,7 por cento relataram distúrbios psiquiátricos comuns), mas não de forma tão dramática.

Este estudo da Universidade de Sheffield está disponível na íntegra através do Google Docs.

 

Uma equipa de investigadores da Universidade de Flinders, na Austrália, revelou que certas características da atenção plena são muito evidentes em pessoas mais velhas do que em pessoas mais jovens. “Isso sugere que a atenção plena pode desenvolver-se naturalmente com o tempo e com a experiência de vida”, adianta o professor Tim Windsor.

O artigo científico, recentemente publicado no Aging & Mental Health, foi elaborado com base numa pesquisa online que envolveu 623 participantes, com idades compreendidas entre os 18 e os 86 anos. “O significado da atenção plena para o bem-estar também pode aumentar à medida que envelhecemos, nomeadamente a capacidade de nos concentrarmos no momento presente e de abordarmos as experiências de maneira não julgadora”, acrescenta o cientista, citado pelo EurekAlert. Estas características são úteis na adaptação aos desafios relacionados com a idade e na geração de emoções positivas.

A atenção plena é a capacidade humana natural de estar ciente das próprias experiências e prestar atenção ao momento presente de maneira propositada, recetiva e sem julgamento. O uso de técnicas conscientes pode ser fundamental para reduzir o stress e promover resultados psicológicos positivos. Mahlo acredita que as habilidades de atenção plena podem ajudar a criar bem-estar em qualquer idade. A investigadora refere que ter consciência dos nossos pensamentos e prestar atenção ao momento presente de maneira aberta e sem julgamentos pode impedir que nos concentremos no passado ou nos preocupemos com o futuro de maneiras inúteis.

Segundo alguns estudos, as técnicas de relaxamento e dessensibilização sistemática fizeram melhorar o desempenho; mas os maiores efeitos positivos neste particular foram causados pelo treino de atenção, terapia de insight, e treino para lidar com ansiedade. Com a técnica por nós utilizada e que designamos por “hipnose clínica” ou “treino mental”, verificamos ter uma ferramenta muito eficaz para ajustar e canalizar as emoções de uma forma breve e equilibrada, uma vez que permite, de forma segura, e através do relaxamento e imagética obter um contato estreito com a realidade emocional. A taxa de sucesso aproxima- se dos 85% nomeadamente no tratamento de fobias, medos, ansiedade, gestão do stress, melhoria da concentração, desenvolvimento pessoal, ansiedade de performance, assertividade, autoestima, entre outras perturbações.

Ao longo dos séculos, a hipnose foi revelada por diferentes visões, dependendo de cada momento histórico, mas ainda hoje guarda sinais de concepções antigas acerca de sua significação e efetiva contribuição para a prática clínica, tanto médica quanto psicológica.

A associação com espetáculos faz com que ainda hoje a utilização da técnica de hipnose sofra consequências.

A preocupação com o bem-estar num mundo cada vez mais agitado, onde as pessoas se vêm sobre preocupadas pelo consumo, relações de trabalho, etc. faz com que a Psicologia volte os olhos para a humanidade como forma de encontrar outros recursos que levem a um equilíbrio entre as exigências da vida moderna e o equilíbrio emocional e por consequência a redução do sofrimento.

Neste sentido, a hipnose tem-se revelado uma ferramenta valiosa, justificando o seu lugar como terapia complementar, atuando na mente humana, mudando comportamentos e promovendo a remissão de diversas patologias tanto físicas como emocionais como por exemplo o alívio da dor, estados depressivos, ansiedade, burnout, auto-estima, auto-afirmação, etc.

A Hipnoterapia usa a hipnose como meio para conduzir a terapêutica, potenciando os recursos que cada pessoa tem para chegar à resolução dos seus problemas.
Em transe hipnótico a pessoa vai-se sentido cada vez mais relaxada, descontraída, tranquila e os sentimentos de calma, serenidade, segurança e conforto vão-se generalizando a todo o corpo, mente e espírito. A par, a diminuição do lado crítico e racional, permite que a pessoa se vá desligando, aumentando a sua concentração e o seu nível de consciência. Esse estado de transe hipnótico tão confortável facilita o acesso a sentimentos, pensamentos, crenças e atitudes, alguns que precisam ser revividos, compreendidos ou alterados.

Tomando contacto com o que verdadeiramente somos, pensamos e sentimos e confiando no terapeuta conseguem-se orquestrar os recursos necessários para desenvolver o processo de trazer o bem-estar e a felicidade para a nossa vida.

São incríveis os talentos e recursos que se descobrem em cada um ao entrar em intimidade com o seu eu mais profundo!